2025-04-15
Palavras chave
pista reboleiraProcurando colaborar ao apelo que o Presidente da Câmara Municipal de Manteigas fez nas redes sociais, no sentido de acolher ideias para o Complexo Lúdico Desportivo da Relva da Reboleira, a Direcção da nossa Associação empenhou-se procurando as soluções de oferta que consideramos interessantes para o local.
O conjunto de sugestões que elaboramos foram enviadas, no dia 12 de Outubro de 2022, para todos os membros da Câmara Municipal, Presidente da Mesa da Assembleia Municipal e para a Junta de Freguesia de Sameiro.
Até ao momento, nenhuma das entidades a quem enviamos as propostas acusou a sua recepção ou manifestou qualquer opinião sobre o trabalho que levou horas a produzir, a que se devem acrescentar os anos de experiência na Serra, o que facilitou a elaboração das mesmas.
Tivemos conhecimento que o assunto da Relva da Reboleira foi discutido na última Assembleia Municipal, ignorando qual o seu desenvolvimento bem assim como do que se pretende fazer naquele espaço, depois do que aconteceu com o incêndio de 2022, embora fosse do conhecimento público o estado de imobilismo a que tinha chegado aquele espaço antes do incêndio.
Como não obtivemos nenhuma resposta às sugestões que enviamos, ignoramos se houve ou não algum aproveitamento, melhor dizendo, se serviu para alguma coisa o nosso esforço!
Uma vez que aquele complexo já mereceu o aval das diversas entidades que sobre ele tiveram de se pronunciar, seria um disparate e uma falta de bom senso impedir que o Município de Manteigas, fosse impedido de apostas noutras valências, quando o que deve ser feito é precisamente apoiar todas as tendências que possam surgir, de investimentos a baixa altitude e próximo das localidades para desconcentrar a oferta turística da pressão que se faz sentir no Planalto Superior. Pensamos, mesmo que deveria haver vantagens ou majoração para as entidades que procedam desta forma!
No fundo o que foi que a ASE enviou como sugestões para dotar o Complexo Lúdico Desportivo da Relva da Reboleira?
Tendo em consideração as valências existentes, procurou-se dar uma maior atenção às potencialidades que o local e a sua morfologia poderiam oferecer, criando a infraestrutura básica que pudesse ser o eixo fundamental de que todas as outras valências pudessem beneficiar, evitando custos excessivos, podendo o complexo crescer faseadamente de acordo com as disponibilidades financeiras e a procura do diversos nichos de mercado.
TELECABINE
Nesse sentido optou-se por uma tele-cabine, da base ao topo da encosta (Marco geodésico do Cabeço da Azinheira), a 1.000 metros de altitude, vencendo um desnível de 425 metros e uma distância de 1.258metros, aproximadamente. A tele-cabine permite o fluxo de pessoas, de diferentes opções desportivas, lúdicas e turísticas.
PISTA DE DOWNHILL
A encosta e a sua morfologia permite a construção de uma ou mais pistas de downhill com distâncias com mais de 4 kms, numa única pista. Isso permitia aos praticantes subir com a bicicleta na tele-cabine e descer pela pista até à base da mesma. A construção deste tipo de infraestruturas é muito barata uma vez que o mais importante está lá, o desnível e o relevo, bastando apenas um pouco de imaginação. Não inventamos nada, nas pistas de esqui por essa Europa fora já se aproveitam este tipo de infraestruturas para as rentabilizar no verão.
Não temos dúvidas de que seria uma valência com muito potencial.
PEDESTRIANISMO
A telecabine, permitia a subida dos interessados em usar as muitas veredas existentes ou a construir, beneficiando de espaços para estacionar, de alojamento e de restauração. O acesso ao Poço do Inferno, através da Lomba das Cancelas e a outros locais com interesse poderiam ter na tele-cabine mais uma motivação. Também se utiliza lá fora.
TURISMO
A tele-cabine torna acessível ao turista comum poder aceder ao Cabeço da Azinharia de onde se desfrutam magníficas paisagens. No cimo podia ser construída uma pequena infraestrutura, dotada de informação e venda de produtos de apoio às actividades.
PARAPENTE
Sem quaisquer custos, era possível aumentar a altitude da pista de descolagem em mais 200 metros, e ainda com a vantagem da mesma poder ter diversas direcções de descolagem. Não temos dúvidas de que os praticantes desta modalidade veriam com muito interesse ter uma meio de transporte que os colocaria no topo, possibilitando mais voos e menos incómodos com o transporte que actualmente fazem em veículos.
ESQUI
Com a instalação de uma estação intermédia da tele-cabine, era possível aumentar a pista de esqui sintética dos 350 metros que tinha para 1.250 metros. Apesar de se ter desenvolvido muito e cada vez serem mais bararatos os tapetes sintéticos, a pista de esqui seria o maior investimento. No entanto, o conjunto das valências do complexo podem, do nosso ponto de vista, ser perfeitamente rentáveis, sem a existência da pista de esqui sintética.
O que nos parece que deverá merecer a atenção é o facto da queda de neve ter os anos contados, sendo previsível que nas próximas duas décadas, a neve deixe de cair na Serra da Estrela. É um caso que merece a melhor ponderação e estudos para avaliar se vale ou não a pena investir. Tendo em consideração os pressupostos que descrevemos, também não é menos verdade que se as condições da oferta forem melhores, quer na qualidade quer na distância, a pista poderá ser mais uma valência com interesse.
Concluindo, tudo o que possa beneficiar a oferta turística na Serra da Estrela, sem por em causa o seu património natural, essencialmente aquele que urge defender por estar demasiado exposto e sem solução à vista, será bem vindo.
Ilustração do Complexo Lúdico-desportivo da Relva da Reboleira
Informação da Direcção | 2025-04-15
Educação ambiental | 2025-04-15
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