Revista Zimbro
by Amigos da Serra da Estrela
 

2024-06-10

A Novela da Estrada

A Novela da Estrada

 

Palavras chave

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Tudo aponta para que a solução final para a circulação, sem constrangimentos, na estrada regional 338 (estrada do Vale do Zêzere) vá sofrer mais um prolongamento de seis meses, prevendo-se o concluir dos trabalhos para final de Junho de 2025.

O investimento previsto para as obras ficarem concluídas é de 3,9 milhões de euros, dos quais 90% são financiados pelo Governo, das verbas inscritas no Plano de Revitalização do Parque Natural da Serra da Estrela. Convém lembrar que a estes 3,9 milhões há-que juntar aqueles que já foram gastos com a instalação de malhas de aço, uma solução precária que não veio resolver o problema, tal como era de prever.

Dizia um abastado, por sinal, de Manteigas: “Não sou suficientemente rico para comprar barato”, ideia perfeitamente ajustável às intervenções que vão sendo praticadas, sem que a solução mais adequada salte à vista.

Num completo falhanço, de exigências absurdas ao longo dos anos com manifestações à mistura e provocações à nossa Associação e ao seu presidente, o tempo provou que ouve quem não soubesse estar na vida pública, muito menos ter sabido avaliar as causas do problema. Desde a primeira hora (Agosto de 2005) a começou ASE a alertar para as consequências para a estrada em questão, como resultado do incêndio do e das enxurradas que se lhe seguiriam. Mais ninguém teve a ousadia de o ter dito ou escrito!

A Infraestruturas de Portugal acabou por ser, também ela, vítima de situações que a ultrapassavam, já que as causas principais para o que estava a acontecer na via estavam relacionadas com a encosta e esta não é propriedade da empresa. Se os responsáveis locais tivessem realizado esta avaliação, ao invés de se terem colocado com reivindicações despropositadas, poderiam ter tido uma postura mais construtiva e participada e, talvez, não estivéssemos todo este tempo com a estrada nas condições que nos são conhecidas, com os transtornos causados ao turismo e a Manteigas, principalmente. Felizmente, essa análise foi feita pelo actual presidente da Câmara de Manteigas, mas o mal já estava feito e o tempo uma vez perdido, não se o recupera. Agora, resta andar atrás do prejuízo.

Desiludam-se aqueles que pensam que o problema fica resolvido em 2025. Os erros cometidos não foram corrigidos, as árvores não crescem de um momento para o outro e importa, ainda, considerar a espécie de árvores a plantar. Os protagonistas responsáveis pela gestão florestal, não nos deram, até ao presente, motivos para que fiquemos tranquilos quanto ao sucesso do problema que urge e já poderia ter sido iniciado há muitos anos.

É uma temática a que voltaremos a dar a melhor atenção, dada a sua importância para o futuro do turismo da Serra da Estrela, nomeadamente, a que se relaciona com o sistema viário, não esquecendo a expressão popular de que os vales unem e os montes dividem, para a salvaguarda do Património Natural da Serra da Estrela, com especial destaque para o seu Planalto Superior.

 
 
 

 

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