Revista Zimbro
by Amigos da Serra da Estrela
 

2024-05-06

Infelizmente, a barracada continua

Infelizmente, a barracada continua

 

Palavras chave

rotunda  torre  
 

Há muitos anos, coube-me a tarefa de colocar o edital, na rotunda da Torre, a informar o prazo para o desmantelamento das barracas que quase faziam os 360º da rotunda, sobre o olhar fulminante dos vendedores. A Torre, naquela época, não tinha energia eléctrica.

À semelhança de acontecimentos marcantes na Serra da Estrela (como a compra e criação do sistema de recolha de lixo, o alcatroamento da estrada do Vale do Rossim, o balizamento de percursos no Planalto Superior, essencialmente nas zonas RAMSAR, entre outros), assumir a responsabilidade pelo fornecimento de energia, esperando que com esse feito se granjeasse a simpatia e adesão dos Municípios para a sua causa, foi mais um tiro nos pés da autoria do Parque Natural da Serra da Estrela.

Um completo infantilismo que em nenhuma circunstância conseguiu que as suas boas intenções dessem os resultados esperados. A prova está a olhos vistos. Aliás, sempre foi visível, em que os autarcas sempre apresentaram uma voz mais mordaz e de confronto relativamente ao Parque Natural, sem que se lhes conheça as razões que motivavam esses conflitos.

O anúncio da criação da Associação de Municípios para o Acompanhamento do Plano de Revitalização para o Parque Natural da Serra da Estrela, sediada na Torre, só quer dizer uma coisa: os Municípios da Serra da Estrela andam em contra-ciclo com o que de melhor se está a programar nos países europeus ao nível das políticas ambientais e de conservação. Por cá, se muitas empresas de animação já viam a Serra da Estrela como um ginásio a céu aberto, passam agora a ter quem lhes assegure um futuro mais atractivo – já a Serra e a sua conservação, essas, que se danem!

Mais acrescento que importa dar destaque a todos os responsáveis pelas proezas a que podemos assistir, porque, além da legitimidade de representarem os seus munícipes, são indivíduos que têm um nome que pode – e deve – vir a ser referenciado quando, no futuro, quem cá estiver, saber quem foram os verdadeiros responsáveis por tais políticas e pelas consequências subjacentes ao estado do Património Natural da Serra da Estrela.

 
 
 

 

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