2025-07-15

Palavras chave
editorialÀ semelhança do ano anterior, a presente edição da Revista Zimbro marca-se pela aglutinação dos dois meses de Junho e Julho, numa tentativa de responder às novidades da Serra sem deixar estes meses de maior agitação para trás.
Abriu a época alta e as pessoas começaram a espalhar-se pelas diferentes regiões do país para gozar o bom tempo da melhor maneira. A procura pelo litoral é frequente, mas há cada vez mais famílias a explorarem o interior e os lugares pouco desbravados, que estão ainda por descobrir. A Serra da Estrela tem sido um exemplo nítido disso e este ano prevê-se a confirmação desta realidade, em particular, com o fim das portagens nas auto-estradas A23 e A25.
Nos últimos anos, não só os Invernos têm sido alvo de muita procura, mas também os Verões têm colocado a Serra da Estrela num lugar de destaque, palco de aventuras e memórias verdes e frescas que só a montanha pode oferecer. Os ribeiros, as lagoas e a frescura das árvores no auge dos dias quentes, aliados às praias assoberbadas e ao fim das portagens são convites atractivos, que incentivam qualquer um a aventurar-se por diferentes destinos em Portugal.
Perante este cenário, de crescente procura pelos recônditos do país, urge apelar à consciência de todos, para que possamos usufruir em pleno e permitir que outros o façam de igual forma, mesmo após a nossa passagem. Os excessos causam estragos, assim como os descuidos, pelo que todo o cuidado é pouco em zonas que carecem cada vez mais dos cuidados que verdadeiramente necessitam.
Em qualquer parte, a natureza apela à nossa responsabilidade individual. Deixemos as exigências urbanas onde elas pertencem e sejamos donos das nossas acções. Recolher o próprio lixo, deixar as flores na terra, estacionar sem perturbar, dormir onde é permitido e ouvir os pássaros cantar. A natureza dispensa ruído, poluição e transeuntes despreocupados. Pelo contrário, ela acolhe todos quantos a souberem sentir, escutar e respeitar.
A Serra da Estrela tem sido frequentemente ameaçada em várias frentes e esta realidade pode ser acautelada se a colocarmos em primeiro lugar, a par com a sua conservação e protecção. Por isso, adaptamos o já antigo lema deixado pelos montanhistas, que nunca é demais recordar: “Da Serra não tires mais que fotografias, não deixes mais que pegadas.”
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